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Acesso à água na África: mulheres rurais enfrentam os maiores desafios

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 18 de ago.
  • 2 min de leitura
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O acesso à água potável continua sendo um dos maiores desafios para milhões de africanos, especialmente em comunidades rurais. Durante a mais recente Cúpula sobre Acesso à Água na África, especialistas, líderes comunitários e representantes de organizações internacionais destacaram como a falta de infraestrutura hídrica afeta de forma desproporcional as mulheres — principais responsáveis por buscar água para suas famílias em grande parte do continente.


A realidade das mulheres rurais

Nas zonas rurais, onde os sistemas de abastecimento são escassos, mulheres e meninas chegam a caminhar até 6 quilômetros por dia em busca de água. Esse trabalho, muitas vezes invisível, não apenas compromete a saúde física devido ao transporte de baldes pesados, mas também reduz as oportunidades de educação para meninas, que faltam à escola para ajudar em casa.

Além disso, a precariedade de acesso à água limpa aumenta os riscos de doenças como cólera, diarreia e disenteria, impactando diretamente a saúde materna e infantil.


O papel da cúpula

A Cúpula enfatizou a urgência de incluir perspectivas de gênero no debate sobre políticas hídricas. Isso significa reconhecer o papel das mulheres não apenas como vítimas do problema, mas como agentes de transformação, envolvidas em projetos comunitários, gestão sustentável de recursos e inovação em soluções de captação e reaproveitamento da água.


Caminhos para a mudança

Entre as propostas apresentadas na conferência estão:

  • Investimentos em infraestrutura hídrica (poços, sistemas de bombeamento solar e saneamento básico);

  • Educação comunitária sobre uso sustentável da água;

  • Programas de empoderamento feminino, para garantir que mulheres rurais tenham voz nas decisões políticas e de desenvolvimento.


O simbolismo da água na África

A água, além de ser essencial à vida, está ligada à identidade cultural e espiritual em muitas comunidades africanas. Mas, paradoxalmente, sua ausência ou dificuldade de acesso ainda perpetua desigualdades e fragiliza o desenvolvimento socioeconômico da região.

Garantir acesso universal à água potável até 2030 é um dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS 6) da ONU. Contudo, sem políticas públicas eficazes e sem enfrentar o recorte de gênero, esse objetivo corre o risco de não ser alcançado.




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