Um Novo Oceano no Horizonte: A África se Divide para Criar um Futuro Mar
- Márcia Oliveira

- 22 de set.
- 2 min de leitura

Imagine um novo oceano surgindo, não em um mapa antigo, mas em um continente que conhecemos bem. Parece ficção científica, mas para os geólogos, é uma possibilidade real e fascinante. Cientistas preveem que, ao longo de milhões de anos, a África poderá ser dividida ao meio, dando origem a um novo corpo d’água. Este fenômeno, embora imperceptível para nós, já está em andamento e é uma prova da dinâmica e constante transformação do nosso planeta.
A peça central desse quebra-cabeça geológico é a Grande Fenda do Rift, um sistema de falhas que se estende por mais de 3.500 km em países como Etiópia, Quênia, Tanzânia e Uganda. A história de milhões de anos da Terra mostra que as placas tectônicas estão em constante movimento, e é exatamente isso que está acontecendo aqui.
O Processo de Criação
O que está causando essa fissura monumental é o afastamento de duas placas tectônicas: a Placa da África Oriental e a Placa da África Central. À medida que se separam, a crosta terrestre se estica e se quebra, formando o vale do Rift. Abaixo da superfície, o magma quente sobe para preencher o espaço, um processo que enfraquece a crosta e acelera a separação.
Não se trata de um evento repentino. O artigo da Aventuras na História destaca que a formação de um novo oceano é um processo extremamente lento, que se desenrolará em uma escala de tempo geológica. As estimativas mais otimistas apontam para 5 a 10 milhões de anos até que a fenda seja suficientemente profunda e preenchida pela água do mar. O resultado final seria um novo oceano, que poderia ser batizado, e uma nova ilha ou um novo continente a se formar na costa leste africana.
Impactos e o Legado de Mudança
A criação de um novo oceano traria consigo mudanças ambientais e climáticas significativas. Padrões de drenagem de rios seriam alterados, novos habitats seriam criados e a estabilidade do solo em áreas próximas seria afetada. É um lembrete poderoso de que a natureza está sempre em movimento, e que o nosso planeta é um ser vivo e em constante evolução.
O mesmo processo que hoje está transformando a África deu origem ao Oceano Atlântico há milhões de anos. Olhar para a geologia é como espiar para o passado e para o futuro simultaneamente. O que vemos hoje no Vale do Rift é o embrião de um oceano, um testamento do tempo e da força inigualável das placas tectônicas. É uma visão inspiradora, que nos faz refletir sobre a grandiosidade e a paciência da natureza.
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