Tumba do faraó Tutmés II é encontrada no Egito
- Márcia Oliveira

- 24 de fev.
- 2 min de leitura

A localização e a entrada da tumba real do rei Tutmés 2°
Arqueólogos britânicos e egípcios fizeram uma descoberta monumental: a tumba do faraó Tutemés II, localizada após um século desde o último achado de uma tumba faraônica. A equipe, liderada pelo Dr. Piers Litherland, encontrou o sepulcro no Wadi C, uma área anteriormente associada a sepulturas de mulheres reais. A descoberta ocorreu após 12 anos de escavações meticulosas, culminando em 2022, quando uma passagem estreita revelou a câmara funerária. Dentro, fragmentos de vasos de alabastro com inscrições hieroglíficas confirmaram a identidade do faraó. Embora a tumba estivesse desprovida de tesouros, evidências sugerem que os artefatos foram relocados após inundações. Este achado não apenas enriquece nosso entendimento sobre a XVIII Dinastia, mas também destaca a persistência e dedicação da arqueologia moderna.
Tutmés II é, talvez, mais conhecido pelos eventos desencadeados por sua morte, por volta dos 30 anos de idade. Hatshepsut, sua esposa e meia-irmã, governou depois dele — primeiro como regente e então como uma das poucas faraós mulheres — e seu reinado foi marcado por construções numerosas, assim como avanços artísticos, arquitetônicos e econômicos.
Mohamed Ismail Khaled, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, disse à mídia estatal egípcia que a descoberta foi uma das mais significativas dos últimos anos. O projeto foi conduzido pelo conselho e pela Fundação de Pesquisa do Novo Reino, liderada pelo arqueólogo britânico Piers Litherland.
"Esta é a primeira vez que mobiliário funerário pertencente a Tutmés II foi descoberto, já que tais itens não existem em museus pelo mundo", disse Khaled.
Outros itens e fragmentos recuperados incluem jarros de alabastro com os nomes de Tutmés II e Hatshepsut e gesso decorado com desenhos intricados, como inscrições azuis, estrelas amarelas e elementos do "Livro de Amduat", um texto funerário destinado a servir o enterrado como um guia para a vida após a morte, conforme o ministério.
A entrada da tumba foi descoberta em 2022, em montanhas a oeste da cidade de Luxor — que é construída sobre a antiga cidade de Tebas —, em um local a cerca de 1,5 milhas do Vale dos Reis. Mas seu propósito e importância foram revelados apenas por investigações subsequentes.
Este achado não apenas enriquece nosso entendimento sobre a XVIII Dinastia, mas também destaca a persistência e dedicação da arqueologia moderna.
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