Rejeição Crescente: África Rompe Laços Militares com a França em Busca de Soberania
- Márcia Oliveira

- 8 de jan.
- 2 min de leitura
Nos últimos anos, a presença militar da França em suas antigas colônias africanas tem sido cada vez mais questionada. Em 2024, o Chade e o Senegal se destacaram ao anunciar a retirada das forças militares francesas de seus territórios, marcando um ponto crucial na luta pela soberania e autonomia estratégica da região.
Decisões de 2024
Chade: Em dezembro de 2024, o Exército francês iniciou a retirada de suas tropas após o governo do Chade encerrar o pacto de cooperação em defesa. Esta decisão é vista como uma etapa significativa na reafirmação da independência do país, que foi colônia francesa até 1960.

Chade
Senegal: O primeiro-ministro Ousmane Sonko anunciou que o Senegal fechará todas as bases militares estrangeiras, destacando a necessidade de questionar a presença militar francesa mais de 60 anos após a independência. A decisão reflete o desejo do Senegal de controlar plenamente sua soberania.

Senegal
Novidades de 2025
Costa do Marfim: Em janeiro de 2025, o presidente Alassane Ouattara declarou que as forças francesas deixarão o país, começando uma retirada coordenada. O quartel militar francês de Port-Bouet será transferido para o comando do Exército marfinense.

Costa do Mafim
Contexto e Implicações
A retirada das tropas francesas de países como Níger, Burkina Faso e Mali nos anos anteriores já havia sinalizado uma mudança de paradigma. A presença militar francesa, historicamente vista como uma forma de influência e controle, enfrenta agora resistência crescente de populações jovens e governos determinados a afirmar sua soberania.
Especialistas apontam que a França sempre utilizou sua presença militar na África para proteger interesses estratégicos e manter uma influência global que, sem a África, seria limitada. No entanto, essas relações estão sendo reavaliadas à medida que os países africanos buscam novas parcerias que respeitem suas autonomias.
A mudança de postura desses países não apenas desafia a França a repensar sua política externa, mas também abre espaço para novas dinâmicas geopolíticas no continente africano.
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