Dia Nacional da Mulher na África do Sul: História, Luta e Inspiração
- Márcia Oliveira
- 8 de ago.
- 2 min de leitura

No dia 9 de agosto, a África do Sul para para celebrar um marco histórico: o Dia Nacional da Mulher, feriado que honra a força, coragem e determinação das mulheres sul-africanas. A data foi instituída oficialmente em 1995, mas sua origem remonta a um dos momentos mais emblemáticos da resistência contra o regime do apartheid.
A Marcha de 1956
Em 9 de agosto de 1956, mais de 20 mil mulheres de diferentes origens e etnias marcharam até os prédios da União, em Pretória, para protestar contra as leis que obrigavam mulheres negras a portar passbooks — documentos que restringiam sua liberdade de circulação e trabalho.Lideradas por figuras icônicas como Lilian Ngoyi, Helen Joseph, Rahima Moosa e Sophia Williams-De Bruyn, as manifestantes entoaram a canção “Wathint' Abafazi, Wathint' Imbokodo” (“Mexeu com uma mulher, mexeu com uma pedra”), que se tornou símbolo de resistência e empoderamento feminino.
Mais que uma data, um compromisso
Hoje, o National Women’s Day é mais do que uma celebração: é um chamado à reflexão sobre as conquistas alcançadas e os desafios que ainda persistem na luta por igualdade de gênero.Por todo o país, o dia é marcado por:
Palestras e debates sobre direitos das mulheres e políticas públicas.
Performances culturais que resgatam a história e identidade sul-africana.
Eventos comunitários voltados para a conscientização e fortalecimento da participação feminina na sociedade.
O legado que inspira novas gerações
O feriado também inspira meninas e jovens mulheres a se reconhecerem como agentes de transformação. É um momento para reafirmar que a luta iniciada pelas líderes de 1956 continua viva — agora ampliada para enfrentar desigualdades salariais, violência de gênero e barreiras educacionais.
Conclusão
O Dia Nacional da Mulher na África do Sul não é apenas sobre o passado, mas sobre a construção de um futuro mais justo, inclusivo e igualitário. É uma data que carrega o peso da história e a leveza da esperança, lembrando que honrar o legado das mulheres que vieram antes de nós é também lutar por aquelas que virão depois.
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