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Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil: por que é urgente proteger nossas crianças?

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 12 de jun.
  • 2 min de leitura

Atualizado: 13 de jun.


Todo 12 de junho é celebrado o promovido pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) desde 2002, em memória do primeiro relatório global sobre trabalho infantil. No Brasil, a data também é lembrada como o Dia Nacional de Combate ao Trabalho Infantil, instituído em 2007 (Lei 11.542/2007).

Esse dia é um alerta para todos: devemos garantir que crianças em todo o mundo tenham direito à infância — para brincar, estudar, sonhar — e não sejam obrigadas a trabalhar. Infelizmente, ainda há uma realidade cruel por trás da idealização da infância.


Um crime que ainda persiste

Dados recentes da OIT e do UNICEF mostram que cerca de 138 milhões de crianças entre 5 e 17 anos estão em situação de trabalho infantil no mundo. Dessas, 54 milhões realizam atividades perigosas, como mineração, agricultura pesada e serviços domésticos abusivos.

A região mais impactada é a África Subsaariana, com aproximadamente 87 milhões de crianças envolvidas nessas atividades. Esse número alarmante permaneceu quase inalterado nos últimos anos, mesmo com o crescimento populacional — o que representa uma das maiores barreiras à erradicação do problema .


Por que as crianças são expostas ao trabalho infantil?

O principal motor é a pobreza extrema, que obriga famílias vulneráveis a recorrer à renda gerada por crianças. Outros fatores são:

  • Falta de acesso à educação e recursos para transporte, uniformes ou alimentação escolar.

  • Cultura e tradições familiares, onde meninos e meninas atuam em atividades agrícolas ou de serviços desde cedo .

  • Gênero: meninas são frequentemente exploradas em trabalhos domésticos sem remuneração, ficando invisíveis às estatísticas.


Conquistas alcançadas — e o que ainda há para fazer

O mundo reduziu quase pela metade o número de crianças em trabalho infantil desde 2000 — caindo de 246 milhões para 138 milhões.

Esse progresso foi impulsionado por:

  • Melhoria de leis que protegem a infância.

  • Aumento de acesso à educação de qualidade.

  • Programas sociais voltados a famílias vulneráveis.

Mas os cortes recentes em financiamento à educação e proteção social — em países doadores — ameaçam reverter essa evolução.


Precisamos acelerar — 11 vezes mais rápido!

Para eliminar o trabalho infantil até 2025 (meta global estabelecida), os esforços precisam ser 11 vezes mais intensos, especialmente nas faixas etárias de 5 a 11 anos, onde o avanço é mais lento.


O que podemos fazer juntos?

  1. Criar e financiar redes de proteção social que evitem que famílias depurem por ajuda do trabalho infantil.

  2. Garantir educação universal e gratuita, com transporte, merenda e assistência integral.

  3. Fortalecer fiscalização do trabalho infantil, incluindo a punição a quem explora.

  4. Apoiar ONGs e movimentos sociais, como o Fórum Nacional de Prevenção e Erradicação do Trabalho Infantil (FNPETI), que lideram ações de conscientização.

  5. Conscientizar sobre o impacto desproporcional em meninas e populações vulneráveis.



Reflexão final

O Dia Mundial de Combate ao Trabalho Infantil não é apenas um marco no calendário — é um chamado coletivo à ação. Cada criança retirada do trabalho é uma história de esperança, de futuro acessível e de vida plena. Ainda há muito a ser feito, e especialmente na África Subsaariana, são milhões de sonhos que dependem de políticas reais, combate à pobreza, inclusão e educação.




SAIBA MAIS/ FONTES:










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