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Cheias no Cabo Oriental, África do Sul: uma tragédia de dezenas de vidas interrompidas.

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 12 de jun.
  • 2 min de leitura

Entre os dias 10 e 12 de junho de 2025, a província do Cabo Oriental, na África do Sul, foi atingida por chuvas torrenciais acompanhadas de ventos fortes e até neve em algumas localidades — um fenômeno extremo que resultou em devastação generalizada e várias dezenas de mortos.


Impactos imediatos

  • Foram confirmados ao menos 49 mortos, mas o número deve aumentar à medida que novas áreas são acessadas.

  • Na cidade de Mthatha, um ônibus escolar foi arrastado pelas águas, causando a morte de seis alunos e dois adultos — quatro estudantes continuam desaparecidos.

  • A destruição se estendeu a centenas de lares, carros, mais de 100 escolas e cerca de 20 unidades de saúde, além de ferrovias e estradas severamente danificadas.


Contexto climático

A tragédia teve origem em um frente fria intensa, que trouxe chuvas incessantes, ventos fortes e neve, criando condições propícias para inundações e deslizamentos em áreas vulneráveis.


Em lugares como Mthatha, o acúmulo de água chegou a níveis críticos, com rios transbordando e ruas inteiras virando verdadeiros rios — vestígios de uma vulnerabilidade estrutural existente e potencializada por eventos extremos.


Desafios e fragilidades

  • Infraestrutura comprometida: A mobilização de resgate foi prejudicada por equipamentos limitados, como poucos helicópteros e pouca presença de equipes especializadas em buscas em ambientes aquáticos.

  • Comunidades vulneráveis: Áreas com infraestrutura deficiente, sistemas de drenagem precários e habitações frágeis ficaram à mercê da força da natureza, aumentando perdas humanas e materiais .

  • Serviços públicos afetados: Escolas, hospitais e sistemas viários e de comunicação ficaram parcialmente inoperantes, elevando a urgência de estratégias integradas de resposta e reconstrução.


Perspectivas e lições

Este desastre alerta para a necessidade de:

  1. Planos de prevenção climática efetivos e aplicáveis nas províncias mais vulneráveis.

  2. Investimentos em infraestrutura de drenagem e contenção, principalmente em áreas periféricas.

  3. Capacitação e recursos para serviços de emergência, inclusive equipe aérea e de busca.

  4. Cooperação intersetorial e governamental, com foco em resiliência urbana e gestão de crises.


A tragédia no Cabo Oriental é um exemplo dramático de como eventos climáticos extremos expõem fragilidades estruturais — mas também mostram caminhos para políticas públicas eficazes e prevenção proativa.





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