top of page

Angola: Rumo a se tornar o “Dubai da África”?

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 26 de jun.
  • 2 min de leitura


newsrondonia
newsrondonia

Nos últimos anos, Angola tem se reconstruído após décadas de conflito, encontrando no seu solo — fértil em recursos naturais — solo fértil não apenas para plantas, mas para sonhos enormes. Um desses sonhos é encarnado por Wilson Ganga, empresário angolano de 32 anos, frequentemente comparado a Elon Musk. Ganga lançou-se num novo desafio: transformar Angola no “Dubai da África” 


A trajetória de um visionário

Ganga já se destacou no setor tecnológico, criando startups como Tupuca, T’Leva e PayPay Africa. Agora, seu foco se volta para:

  • Agricultura, com a proposta de valorizar o campo angolano de forma sustentável;

  • Mineração, aproveitando a vasta riqueza mineral do país.

Não se trata de “abandonar o digital”, mas de adotar um olhar pragmático: “Angola precisa de indústrias que produzam”, diz Ganga.


Por que esse paralelo com o Dubai?

Dubai transformou-se de um deserto para um ícone global concentrando investimentos em infraestrutura, turismo, serviços e indústrias. Ganga acredita que Angola pode seguir um caminho semelhante: explorar seus recursos naturais, modernizar a economia e atrair investimentos.


Um roteiro de desenvolvimento nacional

O plano de Wilson Ganga tem cinco pilares principais:

  1. Infraestrutura: portos, estradas e logística para escoar produção;

  2. Valorização do agronegócio: do campo à mesa, com cadeias equilibradas;

  3. Mineração consciente: extração com responsabilidade social e ambiental;

  4. Diversificação econômica: menos dependência de petróleo;

  5. Inovação integrada: tecnologia a serviço das indústrias “de base”.

A estratégia segue o desenho que deu certo em Dubai: colocar o setor produtivo no centro, com metas voltadas para crescimento sustentável.


Desafios que precisam ser enfrentados

Nada disso é fácil. Angola ainda enfrenta:

  • Desigualdade social histórica e concentração de renda no poder político e econômico.

  • Infraestrutura em recuperação e déficit habitacional;

  • Desequilíbrios entre o setor urbano e rural.

Mas projetos como o de Ganga — apoiados por empresários que conhecem o país — podem dar o impulso necessário à transformação.


O papel do investimento e da institucionalidade

Agências como o Fundo Soberano de Angola estão direcionando recursos para a agricultura, mineração e infraestrutura.A presença de espaços como a Feira FILDA em Luanda, que reúne expositores de todo o mundo, também revela a abertura ao comércio e inovação.

Para que o “Dubai africano” se realize, esses fatores — investimento estratégico, boas instituições, parcerias público-privadas — precisam funcionar juntos.


Conclusão

Wilson Ganga representa uma nova geração de angolanos que olham para além da guerra e da reconstrução: veem no país um potencial que atravessa indústrias, tecnologia e desenvolvimento real. Transformar Angola no “Dubai da África” exige muito trabalho, coragem e compromisso com a população. Se bem-sucedido, o país poderá emergir como um símbolo continental de inovação, prosperidade e infraestrutura moderna — e mostrar ao mundo o poder de transformação que está plantado em sua terra.


Comentários


bottom of page