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"África pelos olhos dos africanos”: Centro Dikan preserva o patrimônio visual do continente com mais de 30 mil livros de fotografia

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 30 de jun.
  • 2 min de leitura

elpais.com / Joost Bastmeijer
elpais.com / Joost Bastmeijer

Em meio a uma África vibrante, diversa e muitas vezes mal representada pelos olhares externos, nasce um espaço que promete mudar a forma como o mundo enxerga o continente: o Centro Dikan, localizado em Acra, capital de Gana, abriga atualmente a maior biblioteca gráfica africana, com mais de 30 mil livros dedicados à fotografia.

A matéria publicada pelo El País em 24 de junho de 2025, também destacada por sites como Resumen Latinoamericano, traz à tona a potência cultural desse centro, que foi inaugurado em 2022 com uma missão clara: contar a história da África pelos olhos dos próprios africanos.


Um centro de memória e futuro


O Centro Dikan é mais do que uma biblioteca. Ele é galeria de arte, espaço educacional, laboratório criativo e centro de preservação histórica. A palavra “Dikan”, em akan (língua local), significa “primeiro”, e esse nome não é à toa: o centro é pioneiro no que se propõe a fazer — organizar, preservar e dar visibilidade à produção visual africana.

Com curadoria de artistas locais e apoio de fotógrafos de diversos países do continente, o espaço oferece:

  • Acesso a livros raros e contemporâneos sobre fotografia africana

  • Oficinas e exposições para jovens fotógrafos e estudantes

  • Digitalização de acervos por meio do Instituto Awo, contribuindo com a preservação da memória coletiva


Um novo olhar sobre o continente


Historicamente, a África tem sido retratada a partir de olhares estrangeiros, muitas vezes estereotipados ou reducionistas. O Centro Dikan surge como um antídoto para isso, buscando empoderar a narrativa africana autêntica, feita por quem vive e sente o continente todos os dias.


Segundo a reportagem do El País, o centro busca reverter décadas de colonialismo visual, promovendo uma nova era na autoria africana da própria imagem — algo essencial para a construção de identidade, autoestima cultural e reconhecimento global.


Fotografia como ferramenta de identidade e resistência


A fotografia africana, seja documental ou artística, carrega em si uma força de expressão política, estética e ancestral. O Centro Dikan se propõe a ser um guardião desse legado e, ao mesmo tempo, uma plataforma para os novos talentos da arte visual africana, que usam as lentes para narrar sua realidade de forma sensível, plural e provocadora.

A proposta do centro também dialoga com o avanço da digitalização cultural no continente, sendo um ponto de encontro entre tradição e inovação.


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