Emergência Ambiental no Congo: Surto de Antraz Atinge Hipopótamos no Parque Nacional de Virunga
- Márcia Oliveira

- 22 de abr.
- 2 min de leitura
Em abril de 2025, uma notícia chocou ambientalistas e amantes da vida selvagem em todo o mundo: um surto de antraz matou ao menos 50 hipopótamos no Parque Nacional de Virunga, na República Democrática do Congo. A informação foi publicada pela agência internacional Reuters, destacando mais uma grave ameaça à biodiversidade africana.
O Parque Nacional de Virunga: um santuário ameaçado
O Parque Nacional de Virunga é um dos mais antigos da África e Patrimônio Mundial da UNESCO. Localizado no leste do Congo, é lar de espécies icônicas como gorilas-das-montanhas, elefantes e centenas de hipopótamos. Mas é também uma região historicamente instável, marcada por conflitos armados e agora afetada por ameaças sanitárias.
O surto de antraz entre hipopótamos é particularmente grave, pois esses animais vivem em grandes grupos aquáticos e compartilham fontes de água, o que facilita a propagação da doença.
O que é o antraz e por que preocupa?
O antraz é causado pela bactéria Bacillus anthracis, que pode sobreviver por anos no solo e ser reativada em condições climáticas específicas. Afeta tanto animais silvestres quanto rebanhos e humanos, sendo potencialmente fatal se não tratado rapidamente.
De acordo com especialistas citados pela Reuters, o antraz pode ter sido desencadeado por chuvas intensas seguidas de secas, que reativam esporos da bactéria presentes no solo. Quando os animais se alimentam em áreas contaminadas, o contágio se torna quase inevitável.
Impacto ambiental e urgência de medidas
A perda de dezenas de hipopótamos representa um duro golpe para a ecologia local. Esses animais têm um papel importante na manutenção de ecossistemas aquáticos e sua redução pode afetar diretamente o equilíbrio do parque.
O caso também levanta alertas para a necessidade urgente de monitoramento sanitário e investimentos em proteção ambiental na região, especialmente em parques naturais que enfrentam não apenas ameaças ecológicas, mas também políticas e econômicas.
Conservação precisa de apoio global
ONGs ambientais, instituições internacionais e governos africanos estão sendo chamados à ação para evitar que tragédias como essa se repitam. A biodiversidade africana é um tesouro do planeta e sua preservação exige colaboração global.





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