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União Africana Lança Campanha Para Substituir o Mapa de Mercator

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 19 de ago.
  • 2 min de leitura

A União Africana (UA) deu início a uma campanha histórica que promete mudar a forma como o mundo enxerga a geografia: a substituição do mapa de Mercator, criado no século XVI, por projeções mais justas e fiéis às proporções reais dos continentes.


O mapa de Mercator, amplamente utilizado em escolas e em materiais oficiais, foi desenvolvido em 1569 pelo cartógrafo flamengo Gerardus Mercator. Embora revolucionário para a navegação marítima, ele distorce o tamanho real dos países e continentes. O caso mais emblemático é o da África, que aparece visualmente menor do que a Europa e a América do Norte, quando na realidade é maior do que a soma dos dois territórios.

Segundo especialistas, essas distorções não são apenas um detalhe técnico, mas têm impacto simbólico profundo. Ao reduzir a dimensão da África nos mapas, cria-se uma percepção equivocada de inferioridade em relação ao Norte Global, perpetuando desigualdades históricas.


A iniciativa da UA busca adotar representações cartográficas mais inclusivas, como a projeção de Gall-Peters, que apresenta os continentes em proporção correta, valorizando especialmente os países do Sul Global. Essa mudança pretende não apenas corrigir um erro histórico, mas também fortalecer a autoestima dos africanos, mostrando a verdadeira magnitude de seu território e riqueza cultural.


Além da questão técnica, a campanha terá ações educativas, com distribuição de novos mapas em escolas, palestras, campanhas digitais e parcerias com universidades. O objetivo é provocar reflexão e incentivar uma visão global mais justa e equilibrada.

“Mudar o mapa é mudar a forma como vemos a nós mesmos. A África não é pequena: é imensa, rica e essencial para o futuro do planeta”, destacou um porta-voz da União Africana durante o lançamento da campanha.

Essa mobilização surge em um momento em que debates sobre decolonização do conhecimento ganham força em todo o mundo, colocando em pauta a necessidade de repensar símbolos, narrativas e representações herdadas do período colonial.

Com a campanha, a África reafirma sua posição de liderança não apenas no campo político e econômico, mas também no reposicionamento cultural e simbólico global.


Fontes de inspiração:

  • Aventuras na História – União Africana lança campanha para substituir o mapa de Mercator

  • Estudos de cartografia crítica e projeções alternativas como Gall-Peters

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