Sabores que Conectam: Turismo Gastronômico é Destaque em Fórum da ONU na Tanzânia
- Márcia Oliveira

- 23 de abr.
- 2 min de leitura

Entre os dias 23 e 25 de abril de 2025, a cidade de Arusha, na Tanzânia, tornou-se o ponto de encontro de chefs, especialistas em turismo, representantes de governos africanos e organismos internacionais para discutir um tema que une cultura, economia e identidade: o turismo gastronômico.
O evento foi a segunda edição do Fórum Regional da ONU sobre Turismo Gastronômico para a África, promovido pela Organização Mundial do Turismo (UNWTO). O objetivo foi claro: mostrar como a culinária africana pode ser protagonista no desenvolvimento sustentável do continente.
Muito mais do que comida: um movimento de valorização cultural
Com suas infinitas cores, temperos e técnicas ancestrais, a gastronomia africana é um reflexo da diversidade cultural de mais de 50 países. No fórum, foram discutidos caminhos para transformar essa riqueza em experiências autêuticas para turistas, gerando renda para comunidades locais e fortalecendo cadeias produtivas sustentáveis.
Palestrantes destacaram que, em muitas regiões, a cozinha é também uma forma de resistência cultural, especialmente entre povos indígenas e comunidades rurais, que preservam receitas e saberes passados de geração em geração.
Turismo como ferramenta de transformação
De acordo com a UNWTO, o turismo gastronômico tem um papel estratégico no combate à pobreza, na redução da desigualdade e na promoção de economias circulares. Ele potencializa pequenas iniciativas, como hortas comunitárias, cooperativas de mulheres, e restaurantes familiares.
A proposta é incentivar o turismo que respeita o meio ambiente e valoriza o que é local, saindo da lógica de consumo rápido para entrar no ritmo da degustação com consciência.
A nova geração de chefs africanos
Outro destaque do fórum foi a visibilidade para chefs jovens que estão reinventando a cozinha africana. Utilizando ingredientes tradicionais com técnicas contemporâneas, eles mostram que é possível inovar sem perder a identidade. A nova geração de talentos tem sido responsável por projetar a gastronomia africana em eventos internacionais e redes sociais, gerando reconhecimento e conexão global.
Sabores que educam e transformam
Mais do que agradar o paladar, a comida pode educar. Iniciativas apresentadas no evento mostram como a gastronomia pode ser integrada às escolas, fortalecendo a educação nutricional e resgatando alimentos nativos. Projetos em Moçambique, Senegal e Tanzânia estão ensinando crianças a plantar, cozinhar e valorizar sua própria cultura alimentar.




Comentários