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Paris Noir: A Celebração da Arte Africana no Coração de Paris

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 28 de abr.
  • 2 min de leitura

'Autorretrato' (1947), del artista sudafricano Gerard Sekoto, uno de los nombres celebrados ahora por el Centro Pompidou de París.Jacopo Salvi (Estate of Gerard Sekoto/Adagp, Paris, 2025 )
'Autorretrato' (1947), del artista sudafricano Gerard Sekoto, uno de los nombres celebrados ahora por el Centro Pompidou de París.Jacopo Salvi (Estate of Gerard Sekoto/Adagp, Paris, 2025 )

Em um momento histórico para a cultura e as artes visuais, o Centro Pompidou, um dos museus mais icônicos da França, abriu suas portas para a grandiosa exposição Paris Noir. Inaugurada em abril de 2025, essa mostra única destaca a influência profunda e transformadora dos artistas africanos, afro-americanos e afro-caribenhos na construção da modernidade artística mundial.


Inspirada pela matéria publicada no respeitado jornal El País, a exposição reúne mais de 150 artistas e propõe uma revisão urgente e necessária da história da arte, colocando em evidência vozes que, durante décadas, foram marginalizadas ou invisibilizadas.


Uma nova narrativa da modernidade


Por muito tempo, o relato hegemônico sobre a arte moderna centrou-se em nomes europeus. Entretanto, Paris Noir expõe como a cidade-luz se tornou um verdadeiro polo de efervescência artística negra no século XX. Pintores, escultores, fotógrafos e performers africanos, caribenhos e afro-americanos convergiram em Paris, criando uma explosão de criatividade e renovação estética que atravessou fronteiras.


A mostra percorre desde os anos 1920, época em que artistas negros encontraram em Paris um refúgio da segregação racial vigente nos Estados Unidos e em outras regiões, até os movimentos contemporâneos que continuam a desafiar padrões estéticos e sociais. O visitante é convidado a se reconectar com histórias de resistência, beleza, luta e inovação que moldaram a cultura mundial.


Mais do que uma exposição: um chamado à reflexão


Segundo o El País, Paris Noir é mais do que uma homenagem; é uma "correção" histórica. Ela convida o público a refletir sobre as dinâmicas de poder que por tanto tempo silenciaram grandes nomes da arte negra e propõe uma reconstrução mais justa e plural da história cultural.


Em tempos de debates intensos sobre decolonização e reparações históricas, essa iniciativa do Pompidou é vista como uma contribuição simbólica — e prática — para um futuro artístico mais inclusivo.


Uma experiência sensorial e emocional


Além das obras expostas, Paris Noir oferece performances, instalações audiovisuais e eventos de discussão que prometem uma imersão profunda no universo criativo negro. Cada sala é pensada para emocionar e provocar, permitindo que o visitante não apenas admire as obras, mas sinta suas pulsões, suas dores e seus triunfos.


A exposição ficará aberta até 30 de junho de 2025 e já é considerada um dos grandes marcos do calendário cultural europeu deste ano.



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