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Madrid Celebra a África: Arte, Música e Resistência em Movimento

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 30 de mai.
  • 2 min de leitura
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No dia 30 de maio de 2025, a cidade de Madrid respirou cultura africana em sua essência. Um conjunto de cinco atividades culturais gratuitas tomou conta da capital espanhola, dando espaço, voz e visibilidade à rica diversidade artística do continente africano. O evento foi destaque no jornal espanhol El País, que ressaltou o impacto dessas ações no fortalecimento do diálogo cultural entre África e Europa.


Mais do que entretenimento, o evento representou um ato de resistência, orgulho e conexão com as raízes de uma das regiões mais potentes culturalmente do planeta. Em tempos em que o apagamento cultural ainda é uma realidade para muitos povos, iniciativas como essa são um alento e um lembrete de que a cultura é uma ponte viva entre povos, tempos e territórios.


Jazz Afrocubano: um som que pulsa ancestralidade

Um dos destaques da programação foi o concerto de jazz afrocubano, gênero que nasce da fusão entre ritmos africanos e caribenhos. O show levou o público a uma verdadeira viagem sonora pela diáspora africana, com batuques, improvisações e arranjos que narram histórias de resistência e celebração da vida.


Ayana V. Jackson: a memória em imagens

A renomada fotógrafa afroamericana Ayana V. Jackson trouxe à Madrid uma exposição poderosa e provocadora. Suas imagens exploram as representações do corpo negro ao longo da história e questionam a forma como a arte ocidental retratou — e ainda retrata — os corpos africanos.

Cada fotografia de Ayana é um convite à reflexão sobre o passado colonial, a invisibilidade histórica e o poder da reconstrução identitária por meio da arte.


África en Cinecicleta: cinema que movimenta consciências


Outro momento marcante foi a exibição do documentário "África en Cinecicleta", projeto que leva cinema de forma sustentável a comunidades africanas. A obra retrata a jornada de dois espanhóis que percorreram a África de bicicleta, carregando um projetor movido a energia solar e exibindo filmes em regiões com pouco ou nenhum acesso à cultura audiovisual.


Mais do que um filme, é uma declaração de amor ao poder do cinema como instrumento de inclusão, empatia e transformação social.


Cultura que conecta


O evento deixou claro que a cultura africana é múltipla, viva e urgente. É história, mas também é futuro. É luta, mas também é beleza. É tradição e vanguarda ao mesmo tempo.

Madrid abriu as portas, mas foi a África quem ocupou o espaço com alma, voz e movimento. E isso precisa ser celebrado, replicado e respeitado.



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