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Tubarão marcado em Noronha nada 5 mil km até a África: um incrível registro de migração

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 10 de jun.
  • 2 min de leitura
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Na última semana, pesquisadores receberam um dado emocionante: um tubarão marcado com transmissor em Fernando de Noronha foi detectado — nada menos que na costa africana, após percorrer cerca de 5 mil quilômetros atravessando o Oceano Atlântico.


Um feito inédito e de grande importância


Trata-se de um registro sem precedentes: até então, não havia confirmação de que tubarões marcados em Noronha completassem uma travessia tão longa até outro continente. Segundo a pesquisadora responsável, “esse animal está na costa africana depois de nadar mais de 5 mil km. O registro é inédito e extremamente importante para a ciência e conservação”

O transmissor permite acompanhar, em tempo real, trajetórias oceânicas surpreendentes — incluindo rotas, paradas e comportamentos migratórios . Esta informação é vital para entender a ecologia, os habitats cruzados e os riscos enfrentados por estas espécies ao longo da jornada.


Por que isso importa para a ciência e conservação?

  1. Compreensão de rotas migratóriasA travessia epicamente longa mostra que esses tubarões não apenas circulam localmente, mas atravessam o Atlântico — um insight que amplia nosso entendimento sobre conectividade entre oceanos.

  2. Proteção internacional de espéciesAo registrar que esses animais atravessam jurisdições nacionais, evidencia-se a necessidade de acordos internacionais de conservação e áreas protegidas que considerem a mobilidade oceânica.

  3. Ganhos para ecossistemasTubarões são predadores de topo e essenciais para manter o equilíbrio marinho. Mapear seus movimentos ajuda a preservar toda a cadeia alimentar, identificando frágeis pontos de encontro com pescas ou tráfego naval.


Contextualização e próximos passos

A campanha de marcação em Fernando de Noronha já vinha monitorando várias espécies — como tubarões-limão e raias — em busca de padrões de uso das áreas rasas. Esse novo achado reforça a necessidade de expansão desses estudos, com entrada de mais marcadores, parcerias internacionais e políticas intercontinentais de proteção.


Uma viagem que nos faz refletir

Essa surpreendente jornada de um tubarão lembra que o mar é um vastíssimo e contínuo habitat, onde fragmentação nacional não impede a vida. A ciência marinha ganha novas formas de trabalho colaborativo e oferece dados que podem salvaguardar populações oceânicas inteiras.



SAIBA MAIS/FONTES:

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