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Masp Amplia Horizontes com Novo Prédio e Exposição de Arte Africana – Uma Nova Era para a Cultura em São Paulo

  • Foto do escritor: Márcia Oliveira
    Márcia Oliveira
  • 7 de mai.
  • 3 min de leitura
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil



O Museu de Arte de São Paulo (Masp), um dos ícones culturais mais importantes do Brasil e um verdadeiro cartão-postal da Avenida Paulista, está entrando em uma nova fase. Nesta sexta-feira (28), o Masp abre ao público o Edifício Pietro Maria Bardi, uma expansão que praticamente dobra sua área total, passando de 10.485 m² para impressionantes 21.863 m². Essa nova estrutura promete não apenas ampliar o espaço físico do museu, mas também transformar a maneira como a arte é vivenciada em São Paulo.


Uma Nova Estrutura para a Arte e a Cultura


O novo edifício, localizado ao lado da icônica construção suspensa projetada por Lina Bo Bardi, possui 14 andares e foi concebido para atender às necessidades de um museu que não para de crescer. Entre as novas instalações, estão:


  • Cinco novas galerias para exposições – Mais espaço para abrigar mostras nacionais e internacionais;

  • Duas áreas multiuso – Flexibilidade para receber eventos culturais, palestras e workshops;

  • Salas de aula – Espaços dedicados à educação e formação em artes;

  • Laboratório de conservação – Para preservar e restaurar o vasto acervo do museu;

  • Área de acolhimento de público – Uma nova forma de receber visitantes com conforto e acessibilidade;

  • Restaurante e café – Para complementar a experiência cultural com gastronomia;

  • Depósitos e docas para carga e descarga de obras de arte – Facilitando a logística de grandes exposições.


Segundo Regina Teixeira de Barros, coordenadora e curadora do acervo, "esse novo prédio é uma expansão do Masp, mas também é um Masp totalmente novo, porque é uma outra arquitetura e com outras propostas."


Com a inauguração do Edifício Pietro Maria Bardi, o Museu de Arte de São Paulo (Masp) entra em uma nova era. Entre as novidades desse prédio, localizado ao lado da icônica estrutura suspensa projetada por Lina Bo Bardi, destaca-se a exposição "Artes da África", localizada no terceiro andar. Essa mostra reúne mais de 40 peças do acervo do museu, com foco principalmente no século 20 e em obras oriundas da África Ocidental – uma região marcada por sua diversidade cultural e profunda influência na história do Brasil.


A curadoria da exposição, assinada por Amanda Carneiro e Leandro Muniz, buscou criar uma narrativa que vai além da simples apresentação de objetos. O objetivo é explorar as conexões entre passado e presente, revelando como esses artefatos refletem as tradições, os rituais e as histórias dos povos que os criaram.


Explorando as Raízes e o Legado da Arte Africana


A coleção exposta inclui estatuetas de Exu e Xangô, objetos do cotidiano, bonecas, tambores, móveis e máscaras – muitos desses itens utilizados em festividades, rituais de iniciação, celebrações e funerais. As peças foram confeccionadas principalmente em madeira, com destaque para aquelas que representam o corpo humano e seus símbolos espirituais. É a primeira vez que o Masp se propõe a explorar essa coleção de forma crítica e propositiva, tratando as obras não apenas como objetos artísticos, mas como testemunhos culturais que refletem a história, a espiritualidade e a vida cotidiana de diversos povos africanos.


Entre os destaques, está a máscara Geledé, do povo Iorubá, da Nigéria, parte da coleção doada por Cecil Chow Robilotta e Manoel Roberto Robilotta. Essas máscaras são tradicionalmente usadas em cerimônias que celebram a força feminina e a energia vital, simbolizando o poder das mulheres e sua conexão com o mundo espiritual.


Além disso, a exposição convida os artistas contemporâneos biarritzzz e Cipriano a dialogarem com os legados culturais africanos e suas transformações no Brasil, criando uma ponte entre passado e presente que busca provocar novas reflexões sobre identidade e memória cultural.



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